7/28/2008

De onde vem a calma

O dono de não sabe, mas me acalma.
Mesmo que nem seja um lugar.
Ah... Pra mim é.



Uma sala em tom escuro de verde, redonda, com janelas, apenas para entrar luz, pois o ar vem dos papéis pendurados.
Em cordões, varais e nas paredes. NA parede - visto que a sala é redonda, não tem como dizer onde começa e onde termina.



Mas hoje eu estava aqui, ou melhor, , deitada sob uma janela. Na mão, um papel que rabisquei alguma coisa que tinha me deixado bem nervosa, nao sei (nao quero) dizer o que. O que sei é que ficou em branco de novo. Isso sempre acontece, o que eu escrevo aqui fica em branco quando leio . Então, de um varal caiu no meu colo um pedacinho de papel, quase que de propósito escrito assim: ''Do seu modo - Uma menina querendo brincar / A moça arriscando viver (...) Protagonista, coadjuvante, poses de artista, desimportante." Não sei pra quem o dono escreveu. Mas eu li pra mim. Escolhi ler para mim.


me acalma. Sei lá porquê, sei é que relaxa... Não páro pra pensar em nada concreto, nem em quem pode ler também, ou se tem mais alguém na sala, ou se o dono sabe que eu estou lá, aliás mal me lembro que o conheço - só mesmo quando o bobo e os perigosos cruzam sem querer minha leitura - nem penso em para quem ele pode ter escrito, enfim... Essas coisas eu só penso quando estou de volta aqui. Rabiscando uma ou outra linha...


Mas os papéis já estão pendurados há algum tempo. Tenho medo que eles caiam. Tomara que nao caiam. Me fariam falta - sem saber - aqueles versos já tão re-lidos.



































-Rascunho salvo em 12:31 - 28/07/08

1 comment:

Anonymous said...

eu to precsando ir la...