mais um adeus

Trabalhadora. É a palavra que me vem à mente. Era possivel ver nos olhos dela tanta coisa. O amor que transbordava pelos netos e netas, seria capaz de dar a vida por eles. O pensamento perdido na fumaça do cigarro, na fumaça do fogão, na fumaça do balão de são joão que, fora da época de são joão, ia de encontro ao telhado de sua casa e ela, morrendo de medo, avisava à primaiada que balão era perigoso. Aqueles olhos que, diferentes da gargalhada, não escondiam o cansaço, de ser, de estar. Os olhos que se enchiam d'água e felicidade ao ver a amiga que tanto gostava. Os mesmos olhos que sempre me olharam com carinho e que fingiam nao ter visto que as cenouras sumiam da horta quando eu passava por la - se ria disso. A força. A força dos braços de quem nao tem preguiça de trabalhar. A força da alma em esconder o que lhe fazia mal, exorcizando o mal num, ou dois, ou mais, copos de cerveja. Ou teria sido essa a fraqueza da alma, que se refletiu em fraqueza do corpo? Cabe a mim pensar assim? acho que nao.

No penultimo fim de semana, no sábado, dia 30 de janeiro de 2010, minha prima Gorete faleceu. Um enfarto fulminante. Um saudade antes apertada, agora latente.

Na semana seguinte, dia 06 se nao me engano, vovó Ilda Cabral também partiu.

Tanta gente (e bicho) que gosto morrendo... fico triste.

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NÃO ADIE!!

Não adie uma viagem para rever alguém, não adie um "eu te amo", um sorriso, um comentário bom, um bilhete... Não adie a vida!

Minha vontade é listar aqui as pessoas que eu amo. Mas eu amo muita gente, não sei se caberia. Mas sabe que eu acho que já devo ter dito?? Eu tenho o hábito de dizer.

Bom, pouca gente lê o blog. Fato. Aos que eu sei que leêm (eu gosto do acento aí. independente da reforma ortográfica) deixo meu recado.

Tetê, Gus, Lipe, NerdBones, DaniCabral, MariCabral. amo vocês.